Que o Brasil vem enfrentando uma grave crise econômica, todos sabemos. E que a contenção de gastos dos brasileiros fez muitos setores encolherem, também. Mas além da crise econômica, a falta de conhecimento na hora de abrir o próprio negócio acaba sendo um fator dominante no seu desempenho no mercado. Um levantamento da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), de 2016, mostra que um a cada seis empresários avaliaram dar fim ao negócio ou repassar o ponto no ano passado. Isso quer dizer que 150 mil estabelecimentos em todo o País podem não ter resistido à crise e à má gestão.
Por isso, saber gerir seu negócio, ou contar com a ajuda de quem tem experiência nisso, já faz uma grande diferença para driblar os problemas no setor. Em Curitiba, por exemplo, o chef do boteco Simples Assim, Guilherme De Rosso, vem prestando consultoria para quem quer empreender na área sem prejuízos. Com 24 anos, Guilherme abriu seu próprio negócio e para não sofrer com o mercado, já que o setor gastronômico é um dos mais difíceis e concorridos, foi logo em busca de especializações que o ajudassem a crescer e entender melhor esse nicho.
Hoje, com mais de cinco anos de experiência no mercado, formado em Processos Gerenciais e cursando pós-graduação em Gestão de Projetos, o profissional presta consultoria para bares e restaurantes que estejam precisando daquela mãozinha para gerir seu negócio. “Vivemos um momento delicado na economia brasileira, isso é fato, vemos bares e restaurantes abrindo e fechando o tempo todo, mas a principal causa muitas vezes está justamente em como o empreendedor está comandando o seu negócio. Sem um estudo adequado e entendimento de mercado, muitos estabelecimentos que tinham potencial acabam fechando suas portas”, comenta De Rosso.
O trabalho é realizado em parceria com o empreendedor, abordando desde o planejamento do bar até a operação do negócio. Para De Rosso, abrir um negócio sem qualquer planejamento é o principal erro cometido hoje. “Acredito que os motivos para deixar o emprego e abrir o próprio negócio são os mais variados, muitos gostam da área gastronômica e partem para esse lado, porém, abrir um bar ou restaurante sem qualquer tipo de conhecimento é um tiro no pé e pode levar você a fechar as portas e pouquíssimo tempo”, detalha.
Ainda segundo a pesquisa da Abrasel, empresas que buscam auxílio e enxergam a crise mais cedo adaptando-se, conseguem driblar os efeitos negativos. “Estabelecimentos com tíquete médio abaixo de R$ 15 ou aqueles que elaboraram novos pratos e promoções para adequar o cardápio ao bolso do consumidor se saíram melhor nos últimos anos. Alguns conseguiram até mesmo expandir o faturamento”, completa o especialista.
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