Fabio Eduardo Macedo de Oliveira
–
A economia brasileira está entre as dez maiores economias do mundo, entretanto, quando se fala em crédito nossa economia ainda tem muito a evoluir para se situar entre as maiores.
O volume de crédito no país vem crescendo ano após ano chegando a aproximadamente 50% do PIB, só para se ter uma ideia, em países como Estados unidos e Japão o volume de crédito supera os 180% do PIB. Países europeus como Grã Bretanha e Suíça chegam a 160% do PIB e Itália e França 90% do PIB.
Apesar da melhora na concessão de crédito no Brasil, a maioria dos pequenos e médios empresários encontra muitas dificuldades em localizar linhas de crédito com taxas e prazos competitivos.
Muitos são os motivos desta dificuldade de crédito por parte dos pequenos, ou porque tem pouco tempo de CNPJ, ou porque tem algum tipo de restritivo em seu nome, ou não se enquadra na política do banco, etc.
As dificuldades enfrentadas pelo pequeno empresário em administrar sua empresa hoje em dia são muito grandes, a fome fiscal, em alguns casos, toma quase 40% da receita das empresas. A maioria das leis voltadas para conter a grande empresa, acaba contendo a média e pequena companhia.
Com isso, os Bancos criam dificuldades na hora de conceder um capital de giro, um empréstimo, etc, pois ele sabe que o pequeno empreendedor precisa suar muito a camisa para conseguir gerar lucro para pagar toda sua estrutura, e os juros.
Assim, este pequeno empreendedor precisa descobrir maneiras menos burocráticas para conseguir financiamentos, mesmo que seja indireto.
Hoje em dia algumas instituições trabalham com linhas de financiamento do produto ou serviço final, ou seja, ele concede à pessoa física que deseja adquirir um bem ou serviço financiamento em até 36 vezes e paga a empresa à vista.
Desta forma, este empreendedor passa a ter maior competitividade no mercado, conseguindo atingir um público maior, uma vez que consegue proporcionar um parcelamento em várias vezes. Passa a ficar mais capitalizado, pois recebe à vista pela venda de seu produto e, dependendo da linha de crédito, não assume mais risco de inadimplência.
Alguns produtos disponíveis no mercado podem facilitar muito a vida do pequeno e médio empresário. Uma solução viável pode ser o correspondente bancário, que vem desempenhando muito bem este papel de ligação entre o empreendedor e o banco, pois consegue estar presente em todo o território nacional e dar um atendimento personalizado.
O mercado para este correspondente atuar é muito grande, mais de 55% dos postos de trabalho do país e mais de 57% da massa de rendimento depende das pequenas empresas, que estão muito carentes no que se refere a soluções financeiras e atendimento personalizado.
Fabio Eduardo Macedo de Oliveira é executivo da BR Zap www.brzap.com.br e engenheiro civil com larga experiência no mercado financeiro.
Seja o primeiro a comentar