Por Cláudio Boriola
_
Não há nenhuma dúvida de que estamos enfrentando, atualmente, a maior crise financeira desde a quebra da bolsa de Nova York, em 1929. Para alguns mais apocalípticos, podemos estar atravessando a maior crise que o Sistema Capitalista conheceu desde seu nascimento.
Hoje, quando ligamos a TV a fim de nos manter atualizados diante dos acontecimentos mundiais, não conseguimos nos isentar das reportagens que tratam sobre os efeitos que a tal da “Crise” produz em todo o planeta. Reportagens sobre manifestações contra demissões em massa parecem fazer parte da rotina da maioria dos telejornais. Mas, então, como minimizar os efeitos desta terrível crise financeira em nossas vidas? Isso, de fato, seria possível? Enfim, que medidas poderíamos tomar para que o fantasma da crise, por hora, deixe de nos assustar?
Quando falamos, em “Crise”, devemos observar e analisar cada ponto de perda do poder aquisitivo, mas é óbvio que a crise está estacionada, em cada um de nós. Por que não reverter tudo isso para o lado positivo? É óbvio que, toda e qualquer crise servirá para o amadurecimento e crescimento do homem; isso nos fortalecerá desde que passamos a encarar os problemas de frente, um a um, é claro, não pensar só do lado negativo.
O primeiro passo para encontrar uma solução para todos estes questionamentos está em planejar o orçamento familiar. Colocar todos os gastos que a família terá, no mês, na ponta do lápis, esta é uma das atitudes que ajuda a evitar despesas supérfluas. Além disso, ao utilizar o controle dos Ganhos x Despesas, a chance de conseguir poupar dinheiro no final do mês para futuras necessidades é enorme.
Então, para obter sucesso com o Orçamento Familiar a saída é lápis e papel nas mãos; comece a dedicar-se diariamente, um pouco por dia, a você mesmo e o seu bolso lhe agradecerá. Faça constar o valor da renda total da família, independentemente da sua origem, tais como salários, aposentadoria, entre outros.
A seguir, é hora de identificarmos os chamados gastos fixos, ou seja, aluguel, condomínio, prestação do automóvel, por exemplo. Na seqüência, devemos incluir os gastos variáveis, que se alteram conforme a taxa de consumo – luz, água, combustível, telefone e supermercado. Para concluirmos nosso planejamento financeiro é hora de atentarmos para as contas que cobram juros quando pagas após seu vencimento, assim como para aquelas chamadas de negociáveis, a exemplo dos cartões de crédito.
Procure de forma administrativa economizar cortando gastos desnecessários, com essa forma de organização, o dinheiro se multiplicará. Daí chegou a hora de eliminar as contas que estão incidindo altas taxas de juros (cheque especial, cartões de crédito). Mas não adianta nada fazer todo um esforço para controlar as finanças e depois sair gastando de forma descontrolada.
Por fim, um outro conselho importante deve ser seguido: o de agir com paciência na hora de comprar um produto. Quando há afobação e falta de planejamento no momento de efetuar uma compra, o consumidor, sem recursos suficientes, acaba optando por pagamentos a prazo. O que, a primeira vista, parece convidativo – comprar e parcelar em vários pagamentos – essa atitude pode se transformar em uma grande dor de cabeça. Para que a “Crise” não o pegue de surpresa, o melhor a fazer é acreditar, confiando nos próprios esforços individuais.
O mais importante, a saber, é aprender a lidar com as finanças; esta atitude representará muito no futuro. Devemos acreditar em dias melhores, esquecendo-nos da “Crise” e percorrer o estreito caminho da vida e da Sabedoria.
Pense nisso, mas não esqueça de deixar a “Crise” fora da sua vida. Por isso, sempre que possível, opte por compras à vista, estas que ainda poderão lhe render bons descontos e uma vida financeira equilibrada, saudável, sem preocupações. Caminhe com suas finanças controladas com os passos largos e firmes, seu bolso lhe agradecerá por simples atitudes, pense nisso e boa sorte!
Cláudio Boriola , Consultor Financeiro, conferencista, especialista em economia doméstica e direitos do consumidor.
Atividades: Possui cursos complementares em administração de recursos financeiros, sistemas integrados de gestão de qualidade e produtividade, estratégias de remuneração, endomarketing, organização em finanças e tributos, com especialização complementares em direito, economia e administração de empresas entre outros.
Histórico profissional: Fundador e Presidente da Boriola Consultoria, empresa criada há mais de 14 anos, especializada em recuperação de créditos, gestão empresarial nacional e internacional (www.boriola.com.br). Autor do Projeto Educação Financeira nas Escolas. Atuante em Congressos de Educação e Encontros de pais no Brasil e exterior, considerado um dos palestrantes mais solicitados em congressos nacionais, internacionais, empresas, sindicatos, associações, abordando temas sobre educação financeira e finanças pessoais.
Seja o primeiro a comentar