Padarias & Startups: inovação e negócios

Aproximar padarias e confeitarias das startups para facilitar a troca de experiências, aumentando a competitividade e fomentando negócios no setor de panificação por meio da inovação e da tecnologia. Esse foi o objetivo do evento Padaria & Startups, promovido pelo Sebrae na noite desta segunda-feira (26), no Inovabra Habitat, em São Paulo. Mais de 60 pessoas, entre instituições e empreendedores, participaram do encontro, o primeiro de uma série que visa levar a transformação digital a pequenos negócios tradicionais.

Previsto para se estender até 2020, o processo prevê imersão em ecossistema de inovação e panificadoras, criação de desafios e soluções, além do aprofundamento de relações comerciais entre participantes dos dois setores. “Esta é uma iniciativa pioneira e pretendemos replicar o modelo para outros setores. Essa oportunidade precisa ser abraçada entre todos os atores envolvidos na cadeia produtiva e o Sebrae tem um papel fundamental nesta aproximação”, afirmou o analista do Sebrae, Thiago Cunha. Ao longo da noite, Emerson Amaral, diretor da Ideal Consultoria, Giovani Mendonça, diretor-executivo da Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria (ABIP), Rodrigo Moreno, diretor de novos negócios da MarketUp, startup que produz sistemas de venda e gestão para os pequenos negócios, e Sérgio Amorim, da rede de padarias Santa Efigênia, discutiram os desafios a essa aproximação – e falaram com a Agência Sebrae de Notícias (ASN).

Confira o bate-papo:

ASN: Qual você acha que pode ser a contribuição das startups para o setor de padarias?
Sérgio Amorim (Padaria Santa Efigênia): Esse casamento é necessário para descobrirmos o novo modelo da padaria no Brasil. Na minha rede, acreditamos que é possível fidelizar o cliente através de uma experiência. Mas experiência são pessoas. Como conseguimos tirar um pouco esse peso das pessoas e fazer com que o cliente sinta que teve uma experiência com a tecnologia? O que eu espero é que eles tenham uma experiência humanizada com tecnologia. Eu acho isso super difícil, mas precisamos dar um primeiro passo. Não só para o modelo de negócio, mas também para o modelo de gestão e os processos do dia a dia.

ASN: Como as padarias podem usar essa aproximação, por exemplo, para reconquistar o consumidor?
Giovani Mendonça (ABIP): Vivemos um momento de transição em relação ao hábito de consumo. Se antes a identidade de uma padaria era a que eu ou meus pais tínhamos, isso mudou. Ao mudar esse perfil perdemos um pouco a identidade. O calor humano e o bom atendimento ainda perduram e são necessários. Só que existia uma magia em torno da padaria que ao longo do tempo se perdeu. Muito provavelmente uma proposta que vier das startups poderá aproximar o consumidor a partir da experiência dele com a padaria. E apostamos que essa experiência é que vai trazer de volta o consumidor em uma nova identidade do setor de panificação.

ASN: Qual é a principal dificuldade na aproximação com os pequenos negócios?
Rodrigo Moreno (MarketUP): Vou separar em dois momentos. Quando a MarketUP surgiu, a pergunta recorrente era: esse negócio é de graça mesmo? No momento inicial da nossa operação, vencer essa desconfiança da gratuidade foi importante, martelamos muito em cima disso. Hoje, o desafio é muito mais ter a atenção desse usuário. Como eu seguro na mão desse pequeno empresário, que não tem tempo, que não tem empatia com a tecnologia – e é normal, porque não faz parte do dia a dia dele, como eu faço para entender que a nossa plataforma cabe no negócio dele? Hoje o grande desafio é esse: mostrar para o empresário que, além de grátis, somos muito úteis e que não é complicado utilizar nosso produto.

ASN: Quais são os principais desafios das padarias e confeitarias?
Emerson Amaral (Ideal Consultoria): O maior setor da indústria de alimentos do Brasil, panificação e confeitaria, também possui grandes desafios com destaque para: 1) Queda de fluxo de clientes. 2) Carência de mão de obra X elevado índice de desemprego 3) Baixa produtividade na área de venda. 3) Necessidade de ampliação de serviços. 4) Dificuldade de acesso à produtos. 5) Falta de informação na utilização dos meios digitais e estratégias de marketing.

Assista o evento na íntegra em: https://videos.netshow.me/v/XFYxoedp-4I/form

Fonte: Agência Sebrae de Notícias

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