O mercado de pão industrial no Brasil

O pão industrializado já está presente em 73,6% dos lares do país, principalmente por sua praticidade e tempo maior de vida útil, além de estar disponível em diferentes tipos de varejo. Uma recente pesquisa, realizada pela Kantar WorldPanel, a pedido da Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados, Abimapi, mostra como esse mercado está dividido.

O estudo mostra que, no universo de pães feitos em indústrias, os fatiados representam 76,6% do volume de vendas da categoria; em seguida aparecem as bisnaguinhas, com 12,1%, e os específicos para hambúrguer e hot dog, 2,6% e 2,5% respectivamente.

A pesquisa analisou durante o ano de 2016 uma mostra de 11.300 lares que retratam um universo de 53 milhões de famílias espalhadas por sete macrorregiões. A Grande São Paulo apresentou maior índice de compra, responsável por 20,6% do consumo; em seguida aparecem Sul (19,5%), Leste e interior do Rio de Janeiro (17,5%), Interior de São Paulo (17,1%), Grande Rio de Janeiro (11,4%), Norte e Nordeste (7,6%) e, por fim, Centro-Oeste (6,3%).

“Além de estar inserido em nossa cultura alimentar, especialmente no café da manhã e nos lanches da tarde, o pão é uma opção prática, saborosa e nutritiva: contém carboidratos, proteína, fibras e gorduras boas. Seu potencial de mercado é crescente e acreditamos que dois fatores são primordiais e continuarão como forte tendência nos próximos anos: inovação e saudabilidade”, explica Claudio Zanão, presidente da Abimapi.

Integrais crescem

No universo dos pães de forma, a pesquisa concluiu que os integrais atraem novos compradores com o crescimento de 21,5% na comparação entre 2015 e o ano passado. Somente em 2016 este tipo correspondeu a 14% do total de consumo dos fatiados, ficando atrás apenas dos tradicionais (pão branco), com 62,2%. Em terceiro lugar, os adicionados com diferentes grãos (6%). “Com o objetivo de atender os mais diversos públicos, os fabricantes estão sempre se atualizando e inovando seus produtos. A nova geração de consumidores, que está cada vez mais informada, consciente, exigente e atenta às questões que envolvem saúde, bem-estar e praticidade, trouxe diversos desafios à indústria alimentícia. Neste cenário, especificamente os pães puderam ampliar seu espaço nas gôndolas com novas linhas voltadas às questões de saudabilidade”, explica Zanão.

Ainda de acordo com a Kantar, o perfil dos maiores compradores de pão industrializado é formado por mulheres de 50 anos ou mais, pertencentes às classes socioeconômicas A/B, residentes no estado de São Paulo em lares independentes. Separados por categorias, o estudo encontrou as seguintes representações:

Branco ou tradicionalelaborado a partir de farinha de trigo, é fonte de energia rápida e contém vitaminas como ferro e ácido fólico.
Perfil: mulheres, de 30 a 39 anos, pertencentes à classe socioeconômica C, residentes no estado de São Paulo com companheiro e crianças pequenas em lares de três a quatro pessoas.

Integral parte ou 100% da massa é composta pela farinha integral.
Perfil: mulheres, 50 anos ou mais, pertencentes à classe socioeconômica B, residentes nas regiões Norte e Nordeste em lares independentes ou divididos com mais uma pessoa.

Com grãos possui cereais variados (de sete a 15 grãos), de diferentes combinações.
Perfil: mulheres, 50 anos ou mais, pertencentes às classes socioeconômicas A/B, residentes na região Sul em lares independentes ou divididos com mais uma pessoa.

1 Comentário

  1. Fui técnico agrícola como primeira formação profissional,conheço muito sobre a produção do trigo e suas variantes e alterações na variedade do produto,porém o que mais me chama a atenção nestes últimos anos além das misturas daquilo que chamam de farinha de trigo tipo 1 é o gosto forte nos pães fatiados vendidos no mercado,a anos anteriores um pão desses criavam fungos em 48 horas em regiões litorâneas ,agora duram semanas… de tantos conservantes colocados o cheiro e gostos são idênticos ao BHC que usávamos nos galpões para prevenção de combates a pragas como o Carunçho,minha dúvida este produto é definitivamente proibido pela Organização Mundial da Saúde…Será que estamos consumindo este Cancerigeno…?

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