Estudo revela tendências para o mercado de sorveteria

 

Ingredientes mais naturais, opções mais saudáveis e experiências premium, como sorvetes que combinem diferentes texturas, são algumas das necessidades atuais do consumidor ao procurar por essa sobremesa. Segundo dados da empresa de pesquisa Mintel, três a cada quatro consumidores estão procurando por indulgência em seus sorvetes, mas 53% das pessoas tomariam mais sorvete se tivessem opções com baixa caloria e baixa adição de açúcares.

De acordo com a Associação Brasileira das Indústrias e do Setor de Sorvetes (ABIS), o setor de sorvetes no Brasil movimenta anualmente em torno de 13 bilhões de reais, mas o consumo per capita de sorvete ainda é baixo se comparado a outros lugares, incluindo países nórdicos como a Suécia, Dinamarca e Noruega. A média de consumo por pessoa em nosso país é de 5,4 litros por ano. Enquanto isso, são 28,3 por ano na Nova Zelândia e 20,8 litros por pessoa nos Estados Unidos.

“A busca por sorvetes não lácteos e produtos mais saudáveis cresceu muito no ano passado, mas, entendemos que ainda há muito espaço para essa categoria crescer, pois o Brasil, apesar de ser um país de clima quente na maior parte do ano, ainda não é um dos maiores consumidores de sorvete. Na Suécia por exemplo, que é um país que apresenta temperaturas muito mais baixas que a nossa, o consumo per capita é três vezes maior do que aqui. A diferença está baseada na percepção do consumo. Aqui, o sorvete é uma sobremesa, quando olhamos economias mais fortes, identificamos que os momentos de compra aumentam devido ao maior poder de consumo”, afirma Thaine Cal, Gerente de Marketing da Kerry.

E há espaço para trabalhar nessa diferença fazendo com que o sorvete passe a ser visto como um lanche ou uma pequena refeição. Segundo a Mintel, atualmente, 21% dos consumidores citam “para fazer um lanche entre as refeições” como uma das razões para comprar sorvete.

Outra tendência relevante é a diminuição das porções ingeridas. Muitos consumidores estão diminuindo seu consumo de sorvete devido às preocupações em torno do açúcar e de conteúdo gorduroso. “Em vez de arriscar comprometer o sabor, as marcas estão posicionando produtos como indulgências permitidas, oferecendo porções de tamanho menor”, complementa Thaine. O mesmo estudo mostra que 23% dos consumidores brasileiros de sorvete concordaram que comprar embalagens menores é uma boa maneira de limitar quantidade de caloria consumida.

Além das necessidades de saudabilidade, nutrição e funcionalidade, 71% dos consumidores gostam de sorvetes que combinem diferentes texturas e 63% deles também amam experimentar novos sabores de sorvetes. E, quando o assunto é sabor, a pesquisa mostrou que podemos esperar perfis inspirados em sobremesas, misturas de sabores doces e salgados, texturas diferenciadas através de mesclas e inclusões, sorvetes com sabores típicos do Brasil (como tapioca e cupuaçu) e embalagens diferenciadas e sofisticadas.

O efeito ‘Instagramável’ também veio para ficar. Ligado à tendência multissensorial e ao conceito de comer com os olhos, ele promete ser uma parte importante para a inovação em alimentos e bebidas nos próximos anos. “Hoje as pessoas tiram foto antes de consumir. Ter uma apresentação diferenciada para gerar uma experiência que renda uma boa foto é tão importante quanto ser gostoso”, acrescenta a gerente da Kerry.

“Conseguir o sorvete certo é desafiador. A ‘opção perfeita’ é algo da qual se espera mais inovação visual e sensorial, que seja prazerosa e que ainda seja saudável. É importante que ofereça texturas e que entregue um inesperado fator de surpresa para que o consumidor faça sucesso nas mídias sociais”, explica Thaine.

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